Alzheimer

Fevereiro Roxo: professora da Ciências Médicas aborda sobre a importância do tratamento multidisciplinar para o Alzheimer

Postado em 1 de fevereiro de 2024

A campanha Fevereiro Roxo visa conscientizar sobre o diagnóstico precoce de doenças como Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia. Embora distintas, essas doenças compartilham a ausência de cura, destacando a importância de diagnósticos corretos para tratamentos eficazes.

A médica e professora da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, Marayra França, enfatiza que o Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. “A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato. A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada”, destaca Marayra.

De acordo a especialista, somente no Brasil, mais de 1 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência.  Em todo o mundo, ao menos 44 milhões de pessoas vivem com demência, tornando a doença uma crise global de saúde que deve ser resolvida: “no nosso país, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas. Os cuidados dedicados às pessoas com doença, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.”

A professora chama a atenção para a evolução da doença que costuma evoluir em vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o seu avanço. “A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:

  • Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;
  • Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos, agitação e insônia;
  • Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência motora progressiva;
  • Estágio 4 (terminal): restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição, infecções intercorrentes.

Não havendo prevenção específica, manter a mente ativa, praticar exercícios e adotar hábitos saudáveis são recomendados. O diagnóstico é por exclusão, envolvendo avaliações médicas e exames específicos. O tratamento, conduzido por psiquiatras, geriatras ou neurologistas especializados, visa tratar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa”, finaliza Marayra. 

Curiosidades:

Demência x Alzheimer

A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum e também é um termo geral usado para descrever as condições que ocorrem quando o cérebro não mais consegue funcionar corretamente.  O Alzheimer causa problemas na memória, pensamento e comportamento. Nos estágios iniciais, os sintomas de demência podem ser mínimos, mas pioram conforme a doença causa mais danos ao cérebro. A taxa de progresso da doença é variável conforme a pessoa, contudo, pessoas portadoras de Alzheimer vivem em média até oito anos após o início dos sintomas. 

Apesar de não haver atualmente tratamentos que impeçam o progresso da doença de Alzheimer, há medicamentos para tratar os sintomas de demência. Nas últimas três décadas, as pesquisas sobre demência proporcionaram uma compreensão muito mais profunda sobre como o Alzheimer afeta o cérebro. Hoje em dia, os pesquisadores continuam a buscar tratamentos mais eficientes e a cura, além de formas para impedir o Alzheimer e melhorar a saúde cerebral.

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