Boas técnicas de estudo são uma das chaves para facilitar o entendimento e memorização das disciplinas. E, entre as melhores opções para os alunos de Enfermagem, encontramos duas ferramentas: mapa conceitual e mapa mental.
Ambas trazem vantagens em diferentes aspectos, e a aplicação depende de como você se adapta a elas. Por isso, vale a pena conhecer suas diferenças, escolhendo a ferramenta mais adequada às suas particularidades.
Neste conteúdo, explicamos as diferenças entre mapa mental e mapa conceitual, assim como a maneira como essas técnicas podem ser aplicadas pelos alunos. Continue a leitura e otimize seus estudos!
O mapa mental aplica imagens e localização espacial em complemento às palavras, criando associações que tornam o conteúdo menos abstrato. Com isso, facilita o entendimento e melhora nossa capacidade de memorizar os conteúdos.
Imagine, por exemplo, que você precisa estudar o manual “Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e Classificação II”. Chegando à pág. 138, teríamos de estudar a “Promoção da Saúde”, e os cinco primeiros tópicos seriam os seguintes:
Em primeiro lugar, esses conteúdos seriam conectados ao tópico central (Promoção da Saúde), como os ramos de uma árvore. Com isso, criamos um trajeto até cada um deles.
Assim como temos facilidade para memorizar que a padaria, o supermercado, a loja de conveniências ficam dispostos em determinadas posições em uma rua, temos mais facilidade para lembrar dos caminhos criados no mapa mental. E usaremos essa localização para facilitar a memorização dos tópicos.
Além disso, podemos associar cada um deles a imagens. Por exemplo, a “atividade recreativa deficiente”, segundo o manual, estaria associada ao “tédio” e ao “local atual não possibilita envolvimento em atividades”. No mapa mental, poderíamos fazer as seguintes relações:
Este bloco será conectado à promoção da saúde, que ficaria no centro da folha. Perceba que em “Local inadequado — ☢”, a ideia foi resumida e associada a uma imagem exagerada, que significa um ambiente com radioatividade.
Usar a criatividade e tirar os elementos de proporção são características da ferramenta de mapa mental. Inclusive, para os futuros enfermeiros, é uma forma inteligente de memorizar os conteúdos, pois é bem fácil associar imagens no estudo da biologia humana.
O mapa conceitual é utilizado para estabelecer relações lógicas dentro de uma tópico específico. Essas associações usam conectivos em nível vertical, mostrando que um subgrupo está contido dentro do outro, ou na horizontal, indicando a correlação entre elementos.
Geralmente, o desenho começa com o assunto principal no topo e os demais conteúdos são organizados de cima para baixo. O formato do desenho geralmente será uma pirâmide, indo dos elementos mais gerais até os mais específicos.
Seguindo o exemplo anterior, o tópico “Promoção da Saúde” estaria no topo. Os subtópicos viriam abaixo dele (atividade de recreação deficiente, estilo de vida sedentário etc.).
As diferenças começam nas conexões. Entre promoção da saúde e atividade de recreação deficiente, poderíamos nos perguntar qual é a relação? Assim, saberíamos que a segunda informação pode ocasionar a primeira.
No desenho, a seta que liga as duas informações viria acompanhada de uma proposição, por exemplo, indicar que atividade de recreação deficiente “pode causar” prejuízos à promoção da saúde.
Também é possível buscar conexões entre os subtópicos, na horizontal. Seria possível associar como “atividades recreativas” deficientes estariam relacionadas ao “estilo de vida sedentário”, por exemplo, indicando que ambas “se influenciam”.
Perceba que as duas ferramentas têm excelentes aplicações. É possível usá-los nos estudos acadêmicos na faculdade até a vida profissional, especialmente porque objetivos como aumento salarial, novas oportunidades de emprego e crescimento de carreira dependem da aprendizagem contínua.
Podemos perceber as diferenças entre mapa conceitual e mapa mental em suas etapas. Confira um roteiro para usar na sua rotina de estudos.
A primeira etapa é escolher um tópico de estudos. No mapa conceitual, ele virá no topo da folha de papel, como se fosse o cume de uma pirâmide.
Já no mapa mental, a localização é exatamente no meio da folha. Se fosse o recurso do Street View do Google, o centro seria o local em que soltaremos o personagem que está navegando no mapa.
Ao estudar a pág. 234 do manual mencionado anteriormente, encontramos o título “Padrão Respiratório Ineficaz”, como exemplo de tópico principal.
No mapa conceitual, a expansão acontece de cima para baixo. Isso porque, os novos elementos estão contidos no anterior.
Na página citada, “Características definidoras” e “Fatores relacionados”, que chamaremos apenas de “características” e “fatores”, seriam nossos tópicos dentro do assunto “Padrão Respiratório Ineficaz”.
Por sua vez, no mapa mental, “características” e “fatores” seriam como marcos em uma caminhada, sendo escritos no entorno do ponto de partida. Assim, por exemplo, existe uma lógica de se mover até eles.
A conexão no mapa conceitual é feita por linhas que vão do tópico maior até o tópico menor. Nelas, fazemos proposições, normalmente, afirmando ou negando algo.
No exemplo anterior, podemos traçar uma linha, escrevendo a relação de “características” e “fatores” para com o assunto principal.
Também é possível fazer essas conexões lateralmente. Por exemplo,conectar “características” e “fatores”, indicando que há uma relação de causa e efeito. No mapa mental, as linhas conectoras são vias de chegada e retorno. A lógica é que iríamos até “características” e “fatores” para saber o que tem neles.
É possível fazer esses caminhos em qualquer direção. Além disso, o mapa mental usa desenhos, mudanças nas palavras, distorções e outros elementos para complementar o texto.
Ambos os mapas prosseguem para especificações dos novos tópicos. Por exemplo, a primeira “característica” do “padrão de respiração ineficaz” é a “assumir posição de três pontos”, ou seja, estar sentado com corpo inclinado para frente e mãos no joelho.
No mapa conceitual, continuaríamos com proposições e especificações dos tópicos, resumindo as informações em palavras-chave. Já no mapa mental, a tendência é usar elementos criativos para explicar a informação. Veja uma comparação do que foi descrito até aqui.
O uso segue as mesmas regras já descritas, até estar completo. Você pode complementar esses mapas com novas características, fatores e conexões para praticar.
Agora que já abordamos as duas ferramentas, é possível escolher entre mapa conceitual e mapa mental. Ou se utiliza do raciocínio rigoroso do primeiro, explorando o entendimento do assunto. Ou se investe na criatividade e uso do espaço para potencializar a memorização no segundo. Também é possível combinar ambos, não é mesmo?
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