Ao longo da história das Ciências Médicas uma revolução marcou a passagem da Medicina tradicional (fragmentada) para um modelo inteiramente conectado. Sim, tecnologia na Medicina vai muito além de novos equipamentos.
Imagine o angustiante exame de sangue substituído por um eletrodo digital, sem um furo sequer? Ou um dispositivo colocado sobre sua cabeça, que permite fazer um check-up completo por captação de ondas cerebrais, no conforto de sua casa e sob o olhar de um médico, à distância e em tempo real? Bem-vindo à Medicina 4.0.
Em diversos períodos da história, a Medicina foi beneficiada pelo avanço tecnológico. Das ferramentas rudimentares que alavancaram o nascimento da anatomia humana (século XVI) às primeiras descobertas em histologia — pela análise de cortiças em microscópios de madeira com lentes sobrepostas (século XVII) —, muita coisa mudou. Mas, nada na velocidade em que estamos vivenciando agora, pautada pela inteligência artificial.
Agora você vai saber um pouco mais como será e como se preparar para a Medicina do futuro. Acompanhe!
Antes de 1900, sem os aparelhos de raio-X, não havia outra maneira de analisar o corpo humano sem abri-lo com um bisturi.
O mesmo pode ser dito em relação à ressonância magnética — exame de imagem computadorizado apresentado ao mundo pela primeira vez na década de 70. Sem a investigação de suspeitas de tumores por vídeo, restavam aos médicos as intervenções cirúrgicas de alto risco para confirmar um diagnóstico.
É seguro afirmar, portanto, que a evolução da Medicina caminhou de mãos dadas com a implementação da tecnologia no segmento.
Após a década de 2010, com a popularização da computação em nuvem, as inovações na área médica expandiram em um ritmo jamais visto. E os resultados são os mais diversos.
Recentemente, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York criaram um poderoso programa de computador para captar padrões entre milhares de ultrassons de mama e identificar tumores em fase inicial, sem necessidade de biópsias.
Outro exemplo é o uso de tecnologia robótica na Medicina. Inicialmente, era aplicada em procedimentos de ginecologia, urologia, coloproctologia e cirurgia torácica. Com o tempo, passou a se tornar comum em cirurgias para retirada de visícula e reduções de estômago. Hoje, já é empregada na neurologia e também no tratamento do câncer.
Nessa perspectiva, os benefícios viabilizados pelo uso da tecnologia da Medicina são os mais amplos, como:
Você já percebeu que tecnologia na Medicina é tão imprescindível quanto a matemática na Engenharia Civil, certo? Pois bem, uma vez consciente dessa relevância, é hora de conhecer as principais tendências tecnológicas nas Ciências Médicas do futuro (e, em alguns casos, já do presente).
O implante de um nanossensor ou o uso de equipamentos coletores de dados (como um smartwatch) pode ajudar os médicos a monitorar as alterações circulatórias de um paciente com doenças cardíacas, por exemplo.
Análises laboratoriais e mapeamento genético são outras possibilidades que se abrem com o uso e disseminação de biossensores e dispositivos vestíveis (wearables). É preciso ficar atento a essa tendência.
A Inteligência Artificial possibilita a combinação de algoritmos projetados para criar máquinas com inteligência potencialmente similar à humana.
Alguns dos caminhos dessa tecnologia na Medicina são a associação de sintomas, cirurgias com auxílio de robôs, recuperação de dados e alertas sobre estado de saúde dos pacientes.
Uma impressora 3D possibilita a geração de objetos tridimensionais. Com isso, é possível realizar a impressão de próteses e materiais para implante, customizados e originados no momento da cirurgia. No futuro, a tendência é que esse tipo de equipamento seja usado também na replicação de células e tecidos.
A pandemia de Covid-19 evidenciou a importância dessa tecnologia. Durante os quase 2 anos de confinamento (e superlotação de ambulatórios), hospitais, clínicas, operadoras de planos de saúde e até mesmo órgãos governamentais não demoraram a desenvolver plataformas de telemedicina para proporcionar um primeiro atendimento aos pacientes com casos leves.
Os resultados foram tão satisfatórios que muitas instituições estão ampliando seus serviços de telessaúde — o que indica que essa tendência veio para ficar. Portanto, o médico do futuro que deseja consolidar sua carreira deve estar preparado para atender também a distância.
Para se tornar um profissional habilidoso e versátil na era da Medicina 4.0, o estudante de graduação deve ter acesso, desde os primeiros anos de estudo, a uma infraestrutura tecnológica de ponta, com laboratórios que contemplem as diferentes práticas médicas e suas respectivas ferramentas, tais como:
Além da estrutura física, é crucial optar por uma Faculdade de Medicina com conceito máximo pelo MEC, que conte com corpo docente composto por professores com titulação de mestrado, doutorado, pós-doutorado e especialistas, bem como experiência prática consolidada dentro da sua área de atuação acadêmica.
Por fim, a necessidade conciliar a teoria e a “mão na massa” torna altamente recomendável escolher uma instituição que disponha de um Hospital Universitário e Ambulatório, garantindo a imersão dentro do ambiente hospitalar e ambulatorial bem antes da formatura, aprendendo por meio do exercício da prática.
E então, gostou do conteúdo? Agora que aprendeu um pouco mais sobre as aplicações da tecnologia na Medicina, poderá se preparar melhor para o futuro da área. Dê o primeiro conferindo 7 dicas fundamentais para ser aprovado em um vestibular de Ciências Médicas e ingresse no segmento com o pé direito!